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gen-t firma parceria com Regeneron para geração de dados genômicos da população brasileira

5 de fevereiro de 2025

6 min. de leitura

A biotech brasileira gen-t firmou um acordo de cooperação estratégica com a farmacêutica Regeneron para a geração de dados genômicos da população brasileira, aumentando a diversidade de dados genômicos disponíveis para P&D e a inclusão da nossa população em medicina de precisão.

Criada em 2021, a gen-t está construindo uma plataforma pioneira que une dados genômicos e de saúde de forma a maximizar seu valor para pesquisa e inovação, com vistas a incluir a população brasileira em medicina de precisão e fomentar pesquisa e inovação na indústria farmacêutica e de biotecnologia a partir da nossa diversidade genômica.  

O objetivo da empresa é recrutar, em quatro anos, 200 mil voluntários de diferentes regiões do país, que compartilharão seus dados de saúde e comportamentais, e doarão sangue para armazenamento de plasma e sequenciamento de DNA.

No primeiro semestre deste ano, a empresa conduziu um projeto piloto na área cosmética. O trabalho consistiu em coletar fenótipos de interesses do cliente e realizar as análises genômicas identificando associações importantes entre os genes e os fenótipos. 

Em agosto deste ano, quando atingiu a marca de 10 mil participantes, gen-t se abriu a parcerias com os setores farmacêutico e de biotecnologia. E daí nasce a parceria com a Regeneron.

“A diversidade genética do Brasil é única no mundo, e isso coloca o país em uma posição privilegiada para contribuir para descobertas científicas sobre saúde humana e para o desenvolvimento de novos medicamentos,” afirma Lygia V. Pereira, fundadora e CEO da gen-t.

Lygia da Veiga Pereira é doutora em genética humana pelo Mount Sinai Graduate School, em Nova York, e professora titular de genética humana na USP. Em sua equipe, conta com outros consultores geneticistas renomados, como Tábita Hünemeier, doutora em genética de populações e também professora da USP, e Alexandre Pereira, médico cardiologista e geneticista, professor visitante em Harvard. 

Cenário dos dados genômicos

Atualmente, os bancos de dados genômicos existentes não representam a população mundial, sendo predominantemente de populações de ancestralidade européia.  Somente 2% são de africanos e 1% hispânico ou latino americano. Essa falta de diversidade leva a desigualdades nos avanços médicos e à perda de oportunidades em pesquisa e inovação na área da saúde. 

Com mais de 210 milhões de pessoas, o Brasil possui 500 anos de miscigenação das populações indígenas, africanas e europeias, e a maior população de ascendência africana fora da África, oferecendo uma diversidade sem igual para pesquisa e inovação na área da saúde.

Investidores

Desde sua fundação, gen-t já alcançou o montante de R$18 milhões em investimentos (US$ 3,6 milhões). Os aportes vieram das farmacêuticas Eurofarma e Roivant Sciences, do empresário brasileiro e ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, e dos investidores Eduardo Mufarej, fundador da GK Ventures, e Daniel Gold.

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